Por Alexandre Perin
O Inter tinha um timaço nos juniores no inicio da década e entre eles despontava Tato, excelente meia, depois multicampeão no Fluminense, que tinha um único defeito: era fominha demais. Pegava a bola, driblava um, dois, e acabava perdendo para os defensores.
– Tato pelo amor de Deus, larga esta bola, meu filho! Não precisa levar para casa!
Uma vez, Tato resolveu atender ao técnico. Pegou a bola, passou, recebeu na frente e cruzou para o centroavante perder um gol incrível debaixo das traves. Então, Abílio volta a gritar:
– Tato, Tato! Tem mais que segurara bola mesmo, com um centroavante ruim desses, nem adianta tentar passar a bola.