Um jogador desconhecido de um time inexpressivo. Esta poderia ser a definição de Leandro Desábato, zagueiro do Quilmes, da cidade homônima, na província de Buenos Aires. Nascido em Caferatta, na área rural da província de Santa Fé, no dia 24 de janeiro de 1979, Desábato jogou no Estudiantes de La Plata e no Olimpo de Bahía Blanca. Há dois anos está na Primeira Divisão com o Quilmes.

O jovem de 1,86 metro de altura e 82 quilos (dimensões pouco frequentes nos baixos jogadores argentinos) se autodefine como uma pessoa tímida. Em entrevista ao site oficial do Quilmes, no dia 31 de março, Desábato fez uma análise elogiosa sobre seu rival Grafite. “Ele é muito difícil de deter. Faz coisas muito bem, pois tem potência e velocidade. A melhor forma de detê-lo é reduzindo seu espaço de ação”.

Segundo declarou ao Estado o analista Ezequiel Fernández Moore, o atleta não possui experiência internacional. Esta, possivelmente, deve ter sido a primeira vez que jogou no Brasil. No confronto com o Grafite, reagiu como se estivesse jogando pelada na esquina de casa. Uma pessoa com mais experiência teria mais cuidado ao pronunciar certas palavras”.

Desábato é apelidado de “El Chavo”, nome do personagem da TV mexicana conhecido no Brasil como Chaves. No entanto, os motivos deste apelido são o foco de especulação, já que uma versão indica que ele seria chamado assim por ser distraído e atrapalhado como o personagem. outra versão, mais maldosa, sustenta que Desábato não tinha o costume de tomar banho com frequência, tal como o “Chaves”.

O presidente do Quilmes, Daniel Razzeto, declarou que Desábato está sendo tratado como um serial killer. “Ninguém pensa em sua esposa está grávida, passando mal com tudo isso”, ponderou.

O dirigente lamentou o incidente e afirmou que tudo não passava de farsa; “Estava tudo preparado”, acusou. “Estamos sendo o bode expiatório do futebol brasileiro.”