O ex-lateral-direito Nílton de Sordi, campeão mundial com a Seleção em 1958, faleceu sábado, aos 82 anos, em Bandeirantes, no interior do Paraná. De Sordi sofria de Mal de Parkinson e morreu em decorrência de falência múltipla dos órgãos.
Nascido em Piracicaba (São Paulo), no dia 14 de fevereiro de 1931, o ex-jogador começou a carreira no XV de Piracicaba e foi contratado pelo São Paulo em 1952. Com o Tricolor, o ex-lateral conquistou disputou 543 partidas, não marcou nenhum gol e foi campeão paulista em 1953 e 1957.
De Sordi foi convocado pela primeira vez para a Seleção em 1954 e foi titular do Brasil em todos os jogos da Copa de 1958 até a final, quando foi trocado por Djalma Santos (falecido há um mês, aos 84 anos, em Uberaba, Minas Gerais) por causa de uma lesão.
Além de XV de Piracicaba e São Paulo, De Sordi atuou pelo União Bandeirante, onde encerrou a carreira em 1966 e depois atuou como treinador em duas oportunidades. O ex-lateral morava há dois anos em Bandeirantes, com seus familiares.
O presidente da CBF, José Maria Marin, usou o site da entidade para publicar uma homenagem ao ex-jogador:
– De Sordi fez parte de um dos maiores times do São Paulo, que deu muitas alegrias aos seus torcedores, como o time campeão paulista de 1957, que tinha Poy, De Sordi, Mauro, Vitor, Dino e Riberto, Maurinho, Amauri, Gino , Zizinho e Canhoteiro. Um timaço, orgulho de todo são-paulino. Foi também um grande campeão do mundo, e sua morte representa uma perda para o futebol brasileiro. Quero enviar os meus sentimentos à dona Celina, sua mulher, e a todos os seus filhos, netos e bisnetos, além de decretar o luto de três dias no futebol em todo o país
Em seu site oficial, o São Paulo lamentou a morte do ídolo e publicou a seguinte análise sobre a carreira do ex-lateral: “Era um jogador fora de série em termos de regularidade. Jogava sempre bem e sua noção de cobertura era inigualável. Apesar da pouca estatura, cabeceava muito bem. Por isso chegou a jogar de zagueiro-central no São Paulo e também na seleção brasileira”.