2013: Botafogo campeão

Demorou dez anos. Foi sofrido. E ao longo de toda uma década o Botafogo-PB
passou por todo tipo de dificuldades. Mas no início do ano, a diretoria
prometeu: “o jejum acaba em 2013”. E para isto fez um grande investimento.
Como tudo nesta última década, o título saiu, mas de forma sofrida. Muito
sofrida. Mas também de forma épica. Na casa do adversário, após perder a
primeira final por 1 a 0 e precisando vencer o Treze por dois gols de
diferença para ser campeão. Poucos acreditavam. Mas o Botafogo conseguiu. E
fez até mais. Venceu o Treze na tarde desta quinta-feira por 3 a 0, no
estádio Amigão, em Campina Grande, e conquistou seu 26º título estadual de
sua história.
Após um primeiro tempo sem gols e depois de levar pressão no início do
segundo tempo, o Belo foi para cima. Tinha que ir se quisesse ser campeão.
E conseguiu. Marcou dois gols, aos 22, com Wanderley e aos 26, nos pés de
Hérculoes, e mesmo com o resultado que lhe dava o título não recuou.
Permaneceu jogando para frente e mesmo correndo riscos seguiu atacando. Já
nos acréscimos, liquidou a tarefa. De pênalti, com Ferreira, fez 3 a 0 e
sacramentou a volta do clube ao rol dos campeões paraibanos.

Dez anos depois, o Botafogo levanta o troféu de campeão paraibano

Equilíbrio no primeiro tempo
O jogo já começou equilibrado, mas com o Treze claramente na defensiva.
Tal como no primeiro jogo, o Botafogo tinha mais posse de bola, tentava
atacar, mas sem muita efetividade. Tinha dificuldade de superar a boa zaga
trezeana e se aproveitava mais das bolas paradas, quando tinha faltas em
seu favor.
O primeiro lance de perigo do clube pessoense saiu exatamente desta forma.
Celico cobrou falta para dentro da área. A bola foi para Hércules, que
cabeceou com perigo. A bola saiu por pouco e assustou a torcida galista que
lotava o Estádio Amigão.
Um minuto depois, contudo, era o Treze quem respondia. Após reposição de
bola rápida por parte de Beto, Daniel Costa recebeu a bola na área. Ele
chutou para a perna direita e soltou uma bomba, obrigando Genivaldo a fazer
uma difícil defesa. Era a primeira vez que o torcedor trezeano se
incendiava nas arquibancadas.
Depois disto, o Belo chegou mais duas vezes. Novamente a partir de lances
de bola parada. Na primeira, a bola passou raspando a trave. Em seguida,
Beto defendeu em favor do Treze. O Botafogo seguia com mais posse de bola,
mas o Treze, dono da melhor defesa da competição, ia com segurança mantendo
o resultado que lhe favorecia.

Três gols e festa do Belo na casa do rival
O Botafogo precisava fazer dois gols para ser campeão paraibano. Mas no
início do jogo, quem procurava o gol era o Treze. Evandro Russo soltou uma
bomba logo aos dois minutos e Daniel Costa no minuto seguinte chutou outra.
O goleiro Genivaldo chegou a fazer duas belas defesas, e Sandoval levou
perigo com uma cabeçada.
O Belo chegou pela primeira vez aos nove minutos de segundo tempo.
Wanderley recebeu bola na área e deu de cabeça, mas Beto já tinha saído
nela e acabou atrapalhando o atacante. A bola acabou indo para fora. Depois
deste lance, o clube de João Pessoa aos poucos foi melhorando em campo.
Mas o tempo ia passando e a situação ficava cada vez mais difícil. Thuram
recebeu cruzamento, cabeceu, mas Beto defendeu de novo. No lance seguinte,
o técnico Vica tirou o atacante Kauê e colocou Ênio. Dava mostras claras de
que o Treze iria se fechar.

Foi quando aconteceu o que poucos ainda acreditam. Dois gols relâmpagos em
favor do Botafogo. Aos 22 minutos, Ferreira cobrou escanteio para
Wanderley, que só deu um toquinho para gol. A bola passou pelas pernas de
Beto e entrou. Mas ainda faltava mais um. Este saiu quatro minutos depois.
Hércules recebeu cruzamento e de perna esquerda ampliou: 2 a 0.
Festa da minoria botafoguense no Estádio Amigão. No entanto, ainda restava
a segunda metade da etapa complementar. O Treze inverteu a lógica, avançou
sua equipe e passou a atacar. O Botafogo, contudo, não se intimidou e
continuou atacando. Jogando de igual para igual, continuou de forma
ofensiva mesmo já tendo o resultado ao seu favor.
A recompensa saiu já nos acréscimos, aos 47 minutos do segundo tempo.
Thiaguinho avançou e tocou para Edgar, que foi derrubado por Beto dentro da
área. Ferreira foi para a cobrança e colocou no canto direito de Beto. Mais
um gol. Placar irreversível. E festa botafoguense em plena casa trezeana.
TREZE O X 3 BOTAFOGO
Beto, David Modesto, Negretti, Sandoval (Birungueta) e Ramon Zanardi;
Charles Vágner, Sapé, Evandro Russo e Daniel Costa; Kauê (Ênio) e Tiago
Chulapa (Tiago Sousa). Genivaldo, Ferreira, Thuram, André Lima e Celico;
Zaquel, Hércules, Fábio Neves (Thiaguinho) e Doda; Warley (Edgard) e
Wanderley (Izaías).
Técnico: Vica. Técnico: Marcelo Vilar.
Gols: Wanderley aos 22, Hércules aos 26 e Ferreira aos 48 minutos do 2º
tempo.
Cartões amarelos: David Modesto e Daniel Costa (Treze); Genivaldo, Zaquel,
Doda e Warley (Botafogo).
Local: Estádio Amigão, em Campina Grande-PB. Competição: Campeonato
Paraibano 2013 (2º jogo da final). Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio (GO),
auxiliado por Alessandro Mattos (BA) e Émerson Carvalho (SP).

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