Um dos mais marcantes momentos da história do jornalismo esportivo aconteceu no dia 21 de dezembro de 2012, data em que muitas pessoas acreditavam ou anunciavam que seria o fim do mundo, em função do calendário maia. O jornal esportivo Lance vez uma das capas mais criativas da história do jornalismo esportivo, merecendo repercussão em redes sociais e em todo o país. Veja abaixo como foi. A manchete perguntava: Tem alguém lendo aí? E, logo abaixo, num canto da página, “se o mundo não acabou” e as manchetes do dia em letras bem pequenas.
No interior do jornal, cada grande clube carioca teve uma página dedicada ao torcedor personagem que o periódico criou e utiliza diariamente, falando do que teria a dizer se o mundo acabasse. A página do Vasco, com Bob Colina, a manchete é: “É casaca até o fim”. E o sub-título: “Perfeito. Com um suco de groselha na mão, com a cruz de malta no peito e o enorme orgulho de ser vascaíno. É assim que verei o mundo acabar. Sorrindo”. Scarlet Breu, representante do Flamengo, escreve: “Vai levantar poeira!”, no título. O sub-título: “sem motivo para chorar. Se a terra acabar hoje vou embora sem saber o que é ser rebaixada e ainda fazendo parte da maior torcida do mundo”.
Nilton Severiano, torcedor representante do Botafogo, tem a seguinte manchete na página: “Glorioso até no céu”. O sub-título: “Vai fazer falta! Se o mundo acabar, perderemos o maior clube da história do futebol. Mas títulos e ídolos eternizarão no além para que todos se recordem”. Vitral de Almeida, representante do Fluminense, tem na página a manchete: “O maior de todos”. No sub-título: “Final feliz. Com o fim do mundo, Vitral de Almeida se despede dos tricolores com a certeza da felicidade plena como torcedor do Flu, o maior do Brasil”.