Em depoimento no 34º DP, o brasileiro falou como se sentiu humilhado com as ofensas racistas do argentino

Para a polícia, seu nome é Edmundo Batista Líbanio, um atleta de 26 anos e de RG nº. 30.025.534-4, “sendo conhecido no meio futebolístico como “Grafite”. Ele chegou por volta da 0 hora de ontem ao 34º Distrito Policial e foi ouvido pelos policiais.

Seu depoimento começa com o esclarecimento sobre seu nome e apelido segue assim: “Na data de hoje, atuava numa partida pela equipe do São Paulo contra o Quilmes da Argentina quando foi ofendido verbalmente poe um dos jogadores da equipe adversária conhecido como Desábato, o qual em alto e bom som preferiu as seguintes palavras: “Filgo da p…, negro de merda e negrinho”.

O jogador se relatou ainda que “diante de tais palavras, sentiu-se humilhado e discriminado pelas ofensas visto que o declarante é cidadão da raça negra”. Grafite relacionou as ofensas com as do jogo anterior contra o Quilmes. Além do que, fatos semelhantes ocorreram em 16 de março quando sua equipe atuou nos gramados da Argentina, ocasião em que jogadores adversários da mesma equipe bem como a torcida hostilizaram a vítima (…) com impropérios.”

O depoimento prossegue: “a vítima entrou em campo tranquila, pois acreditava que tais fatos não iam repetir-se. No entanto, ao ouvir a ofensa sentiu-se humilhado. Grafite conta que sua família estava no estádio, “o que deixou ainda mais chocado”.

Ele manifestou o desejo de “ver processado criminalmente o senhor Leandro Desábato devido à humilhação que sofreu e porque tal conduta ofende” não só a vítima “mas toda a raça negra”. No fim, o jogador assinou o depoimento e foi embora.

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