Quantos Grandes Prêmios de Fórmula 1 foram corridos em Interlagos e quais as colocações alcançadas por Emerson e Pace? Gabriel Menezes Antunes, Salvador, BA.
Dia 11 de fevereiro de 1973. Vinte pilotos nervosamente alinhados ao longo da pista.
A febre da F1 atingira o Brasil. E Interlagos estava em festa. O diretor da prova acabara de arriar a bandeira quadriculada dando inicio ao primeiro GP do Brasil incluído no calendário mundial.
(Em 1972, foi disputado um Grande Prêmio da F1 em Interlagos somente para homologação e aprovação do autódromo; não constou do programa oficial da categoria e foi vencido por Carlos Reutemann)
Ronnie Peterson, que nos treinos oficiais conseguiria o tempo de 2min30seg5/100, comandava o pelotão com a Lotus 72 D. Atrás dele, outra Lotus negra e brilhante.
Era a do brasileiro Emerson Fittipaldi, com dois centésimos de segundo abaixo da marca do sueco. Campeão de 72, o Rato vencera a primeira prova do ano, na Argentina. E não queria decepcionar. Estava em casa, num circuito que conhecia desde os tempos das loucas corridas de Turismo e F Ford.
Emerson não decepcionou. Cumpriu o percurso de 318 413 m em 1h43min55s6/100, marcando mais nove pontos no Mundial. Venceu a prova perseguido de perto por Jackie Stewart, Dennis Hulme, Arturo Merzario, Jackie Ickx e Clay Regazzoni
José Carlos Pace, um estreante, saiu na sexta posição no pelotão de largada, com o empo de 2min32s7/100. Mas sua velha Surtees TS 14 não resistiu. Moco não completou o percurso.
O BI EM 74
Dia 27 de fevereiro de 1974. O mesmo sol, a mesma torcida, a mesma festa tomavam conta de Interlagos. desta vez, 25 pilotos partiam em busca da conquista do GP do Brasil, de novo a segunda prova oficial da temporada.
Emerson perdera o Mundial de 73 para Stewart. Mas estava ali, no pole-position, em carro novo – a McLaren M 23 -, com o tempo de 2min32s97/100, disposto a levantar o bi em Interlagos e partir para o segundo título.
O tempo mudou. Mas não alterou o comportamento de Emerson. A prova foi reduzida e acabou antes da hora. De 40 voltas previstas – 318 413 m – foram cumpridas apenas 32 -254 725 m – e o Rato novamente subia ao pódio como vencedor.
Chegou em primeiro completando o percurso em 1h24min37s6/100. Pace largou em 12º com o tempo de 2min35s63/100. E chegou em 4º lugar com sua nova mas ainda complicada Surtes TS 16. Completou o percurso em 1h22min18s24/100, com uma volta de atraso.
Bi em Interlagos, Emerson partira decididamente para o bi no Mundial, que acabaria conquistando. Atrás dele, neste 2º GP Brasil da história, chegaram, pela ordem, Clay Regazzoni, Jackie Ickx, José Carlos Pace, Mike Hailwood e Ronnie Peterson.
A VEZ DE PACE
Dia 26 de janeiro de 1975. Na pista, 23 pilotos e muitas novidades – do Fitti1, o primeiro carro brasileiro à revolucionária e muito comentada UOP-Shadow.
E foi Jean Pierre Jarier, com sua Shadow, que largou na pole-position depois de alcançar o excelente tempo de 2min29s88/100 nos treinos oficiais.
Emerson era o segundo no pelotão, com marca de 2min30s68/100. Em sexto, na largada, aparecia Pace, agora numa Bragham BT 44, com o tempo de 2min31s58/100. Jarier disparou e liderou a prova durante 32 voltas,. Mas quebrou. E a dobradinha brasileira, ensaiada em 1974, acabou dando com relativa facilidade.
Pace cruzou a linha de chegada completando o percurso de 40 voltas em 1h44min41s17/100. era sua primeira vitória num grande prêmio. Em segundo, chegou Emerson, com o tempo de 1h44min41s17/100. Era sua primeira vitória num grande prêmio. Depois vieram, pela ordem, Jochen Mass, Clay Regazzoni, Niki Lauda e James Hunt