Comunicação Empresarial

Livro: Comunicação Corporativa
Autor: Rivaldo Chinem
Editora: Scalla 2011 – São Paulo

“A nova comunicação está focada em reforçar a credibilidade e admiração da marca e, neste cenário, ela tem cada vez mais importância”.
“As mídias sociais como blogs, sites, twitter, orkut, facebook e outras, deixaram de ser modismo e já são importantes canais de comunicação que não podem ser desprezados. Comunidades podem contribuir para melhorar, ou piorar, a credibilidade da marca e dela podem participar, inclusive colaboradores da empresa”. pg 7

“É bom lembrar que a velha mídia tinha hora de fechamento, os assessores corriam para conseguir uma declaração e enviar para o veículo impresso em tinta e papel. O dead line era um dos tormentos das assessorias de imprensa. Hoje, a nova mídia está aberta 24 horas, inclusive aos sábados, domingos, feriados e dias santos.” p.7

“Digo que a venda de um produto requer muita habilidade e não é exatamente o que acontece com algo intangível, a notícia. Issom porque ela não é um produtoa a venda. Qaunto custa exatamente uma notícia em jornal? Ela é produto de mídia espontânea. Não tem preço”. p.10

“Outro argumento que se usa quando acusam os funcionários de assessoria de não pertencerem mais à categoria profissional dos jornalistas é que uma informação contrária à empresa nunca é passada por assessores. De fato, o profissional preserva alguns dados, extamente como ele faria se estivesse a serviço de uma redação de jornal. Quiantos jornalistas ficam sabendo de informações acerca da empresa de comunicação em que trabalham e nunca, mas nunca mesmo sonham sequer em divulgar essas informações ultra-sigilosas. Justamente por serem bem informados quantos jornalistgas que fizeram nome não sabiam o que acontecia de errado no império de suas redações? Eles revelaram, vazaram algum informação ou simplesmente a sonegaram para o grande público?” p.11

“O jornalista Mario Vitor Santos, primeiro ombudsman de um portal na web, o IG disse que o aluno deveria saber identificar agendas, ver os interesses por trás das notícias e sua manipulação. Muitas vezes os leitores não estão nem conscientes do valor da informação de que faz parte das obrigações de um portal sério, que é produzir e divulgar informação de qualidade, ou seja, relevante, confirmada, dando voz a todos os envolvidos.” p. 13

“Imparcialidade não existe, apesar de você ter pessoas mais sensatas que as outras”. p.16

“A cada dia somos todos, cada vez mais, pessoas públicas, mesmo que nossos nomes não saiam nos jornais, mesmo sem sermos reconhecidos na rua. Isso acontece porque cada vez mais pessoas tem acesso aos nossos ‘segredos’ e também porque estamos potencialmente muito mais próximos do olhar coletivo.” p.35-36

“em 2001, um dos fragmentos de informação que devastaram a credibilidade da multinacional enron foi um email trocado por dois funcionários da empresa. Um mensagem que circulou apenas na intranet da companhia, cabe relembrar. Um funcionário dizia ao colega de serviço que a corporação estava com a água pelo nariz. Meses depois, a empresa realmente faliu e esse email se transformou numa evidência de que a companhia abusara da boa fé do público, mascarando um estudo da insolvência sobre o qual tinha completo conhecimento. O autor do email faz parte do esquadrão de profissionais, extremamente qualificado, que ainda pensam que uma mensagem trocada dentro da rede de uma empresa é algo privado. Ou seja, tem muito a ver com a forma de enxergar a realidade totalmente desconectada da própria realidade. Exemplo citado no livro “A reputação na velocidade do pensamento – a imagem na era digital”, de Mário Rosa, Geração Editorial. p.36

“A rigor as pessoas físicas e jurídicas não vendem produtos e serviços. Vendem confiança. O que todos vendemos é confiança” p.36
Exemplo a moça enorme que pesava mais de 100 quilos e atuava como recepcionista em sua própria academia. p.38

“Mede e comunicação não combinam bem”. p.40.

“Lidar com clientes e administrar crises são os principais causadores de estresse em assessorias de imprensa. O maior estresse se dá quando, numa hora de emergência, ele precisa falar com seu assessorado e não consegue esse contato imediato. Vender uma pauta, como se diz no jargão jornalístico, ou tentar emplacar uma matéria também causa tensão porque o cliente quer ver sua imagem na mídia e nem sempre os veículos aprovam um press release. Os prazos, quando sufocantes, ajudam a aumentar ainda mais a tensão. Gerenciamento de crises é outro ponto que deixa os colegas em exaustão” p.46.
Exemplo do Manuel de Conduta ética da Folha e o impacto nas assessorias (brindes, viagens, relacionamento, etc) p.52-53

TEXTO: Comunicação Organizacional na era digital: contextos, percursos e possibilidades.
Margarida Kunsh (2010)

Situar a sociedade onde estamos inseridos constitui condição sine qua non para análises de cenários e contextos, cujas leituras são objetivo de interpretações para construção de diagnósticos situacionais e constituem subsídios indispensáveis no processo do planejamento e da gestão estratégica da comunicação corporativa.
Manuel Castells chama a atenção para a força da revolução tecnológica da informação, que está modificando a base material da sociedade em ritmo acelarado, e analisa o poder da internet como meio de comunicação para organizar a sociedade.
Gianni Vattimo, em A Sociedade Transparente (1991) , fala do advento da sociedade da comunicação e do papel preponderante que exercem os mass media, fazendo com que tenhamos uma sociedade transparante e complexa ao mesmo tempo.
Em La utopia de la comunicación (2000, p63) Philipe Breton destaca a sociedade da comunicação, totalmente constituída por redes de informação e auto-reguladas politicamente.

Todas essas novas configurações do ambiente social global vão exigir das organizações novas posturas, necessitando elas de um planejamento mais apurado da sua comunicação para relacionar com os públicos, a opinião pública e a sociedade em geral.
O processo de globalização mundial delineia um novo perfil de agência de publicidade e propaganda e de uma empresa de comunicação corporativa do presente e do futuro.

Toda essa convergência midiática é uma realidade presente nos dias de hoje e aconece, também, nos processos comunicativos das organizações.
Para Manuel Castells (2003), p.287 estamos vivendo numa sociedade em rede e dominada pelo poder da internet. Esta sociedade em rede é a sociedade que eu analiso como uma sociedade cuja estrutura social foi construída em torno de redes de informação microeletrônica estruturais na internet. Nesse sentido, a internet não é simplesmente uma tecnologia; é um meio de comunicação que constitui a forma organizativa de nossas sociedades; é o coração de um novo paradigma sociotécnico, que constitui na realidade a base material de nossas vidas e de nossas formas de relação, de trabalho e de comunicação. O que a internet faz é processar a virtualidade e transformá-la em nossa realidade, constituindo a sociedade em rede, que é a sociedade em que vivemos.

Dominque Wolton, no livro Pensar a comunicação (2004 – p.27) enaltece este poder: ” A comunicação é um dos mais brilhantes símbolos do Século XX; sei ideal de aproximar os homens, os valores e as culturas compensa os horrores e as barbaridades de nossa época”
Essa valorização da comunicação que ocorre na sociedade também acontece nas organizações. Toda a convergência midiática presente no dia-a-dia do cidadão percorre o fazer comunicacional das organizações com igual intensidade, pois estas são partes integrantes da sociedade e formada por pessoas que se intercomunicam e se inter-relacionam, por meio da comunicação interpessoal, grupal e de todas as suas mídias tradicionais e inovadoras como digitais.

Para Robert Srour (1998, p27) “as organizações não mais ocupam lugares específicos e tendem a tornarem-se virtuais, porque é mais fácil e mais barato transportar a informação do que as pessoas, através das tecnologias do teleprocessamento e da computação”.
Ser transparente passou a ser um imperativo para as organizações contemporâneas. Don Tapscott e David Ticoll, em A empresa transparente (2005, p.23), chamam a atenção para essa força que é a transparência. Trata-se de disponibilizar “a acessibilidade, para os stakeholders, as informações institucionais referentes a assuntos que afetem seus interesses”. A transparência, portanto, vai muito além da obrigação de fornecer informações financeiras e balanços contábeis. Tudo isso implicará a necessidade de se planejar, pensar e administrar estrategicamente a comunicação organizacional com todos os públicos e opinião pública. A questão ética e a responsabilidade social das organizações no mundo contemporâneo passam a ser algo que precisa ser considerado como uma filosofia de gestão.

A comunicação nas organizações, assim como na sociedade, sofre todos os impactos provocados pela revolução digital. Consequentemente, o modo de produzir e de veicular as mensagens organizacionais também passam por profundas transformações.
Além de ajudar a popularizar o microcomputador, a empresa em rede é a forma fundamental de concorrência na nova economia global.

Stakeholders são pessoas ou grupos que estão lincados (linked, mais do que ligados) a uma organização, porque entre as duas partes há interesses recíprocos. Um stakeholder, portanto, é “qualquer indivíduo ou grupo que pode afetar a organização ou é afetado por suas ações, decisões, políticas, práticas ou resultados”.

Na era digital o conceito tradic ional de públicos dimensionados por espaço geográfico, nas categorias de interno, misto e externo não dá conta de acompanhar a dinãmica dos dias de hoje. Os públicos se formam dependendo de como são afetados pelas instituições e organizações. Com a internet a formação de públicos virtuais é uma constante e incontrolável.
Entender sociedade como uma população que habita determinado território, cumprindo leis e normas, se articulando em torno de direitos e deveres, etc, é uma visão limitada para compreender a complexidade da sociedade global na qual vivemos. O mesmo se diga do conceito de comunidade, que hoje tem denotações e conotações bem mais amplas do que as que vigiam até pouco tempo atrás, com a criação, por exemplo, das chamadas “comunidades virtuais”. Manuel Castells (2003, p.105) diz que: “a noção de comunidades virtuais propota pelos pioneiros da interação social na internet, tinha uma grande virtude: chama a atenção para o surgimento de novos suportes tecnológicos para a sociabilidade, diferentes formas anteriores de interação, mas não necessariamente inferiores a elas. Mas induziu também um grande equívoco: o termo cumunidade, com todas as suas fortes conotações, confundiu formas diferentes de relação social e estimulou discussão ideológica, entre aqueles nostálgicos da antiga comunidade, especialmente limitada, e os defensores da comunidade de escolha possibilitada pela internet.

Ao se pensar em falar em relacionamento com os públicos, há que se levar em conta as comunidades virtuais e as diversas redes sociais que vêm sendoi construídas em torno das redes digitais na internet. Os chats, os blogs, o orkut, etc, são exemplos das inúmeras possibilidades de determinados grupos contituírem comunidades em torno de interesses específicos.
Uma verdadeira comunidade virtual supõe a existência de um grupo que participa interativamente em torno de idéias compartilhadas para atingir diversos fins.

Assim, o tema das relações com comunidades e/ou de relacionamento com públicos estratégicos ultrapassa fronteiras geográficas, envolvendo as redes sociais criadas no ciberespaço, que também têm o poder de provocar mudanças comportamentais, implicando novas formas de atuação para as relações públicas e a comunicação das organizações. Nesse trabalho, o gestor ou profissional de comunicação deve verificar como se processa a dinâmica social integrativa dos seus membros, seja no entorno fisicamente delimitado ou no ciberespaço. Em qualquer um dos casos, ela não pode mais encarar a comunidade de forma estanque, como um simples aglomerado de pessoas, sem mínimo de participação ativa de seus componentes na construção de ideais comuns.

Comuniação Organizacional é uma disciplina que estuda como se processa o fenômeno comunicacional dentro das organizações e aos agrupamentos de pessoas que a integram. A comunicação organizacional configura, também, as diferentes modalidades comunicacionais que permeiam sua atividade. Compreende, dessa forma, a comunicação institucional, a comunicação mercadológica, a comunicação interna e a comunicação administrativa. (Kunsch, 2003, p.149).

A área de comunicação deixa de ter uma função meramente tática e passa a ser considerada estratégica. Isto é, ela precisa agregar valor às organizações. Ou seja, deve ajudar as organizações no cumprimento de sua missão, na consecução dos objetivos globais, na fixação pública dos seus valores e nas ações para atingir seu ideário de visão no contexto de uma visão de mundo, sob a égide dos princípios éticos.
Elisabeth Saad (2005, p 102) diz que “a comunicação digital pode ser conceituada como uso das tecnologias digitais de informação e comunicação e de todas as ferramentas delas decorrentes para facilitar e dinamizar a construção de qualquer processo de comunicação integrada nas organizações.
Fábio Cipriani (2006, p.91) ressalta que os blogs devem ser vistos como complemento para ferramentas como email, mensagens instantâneas, mensagens de voz, serviço de atendimento ao consumidor (SACs) entre outras. Para ele, os blogs são agentes criadores de comunidade, e não de direcionamento de mensagens pessoais, as quais muitas vezes são privadas e confidenciais. Isto é, não adianta simplesmente ir implantando, por exemplo, intranet, blogs corporativos, second life, meios colaborativos em curso, web2.0 e etc, sem avaliar se há condições de viabilidade concreta. Ou se de fato é a melhor opção para aquela realidade. Em outras palavras, a incorporação e instalação de meis digitais nas organizações têm que levar em conta as diferentes situações, condições tecnológicas, pessoal técnico, formulador de conteúdos, facilidades de acesso dos públicos e serem definidas com base sólida em pesquisa, diagnósticos e, consequentemente, um processo de planejamento correto e não simplesmente por modismo.
Técnicas de Comunicação

Muitas pessoas temem se expor, apresentar projetos, ideias, por conta do medo. Medo do desconhecido.
Uma apresentação deve despertar interesse e convencer a quem está ouvindo.
Deve ser com as informações necessárias, sem excesso.
Temos que lembrar que hoje a questão do tempo é fundamental e acaba servindo como um filtro para o interesse.
É preciso que, ao fazer uma apresentação, a pessoa tenha sempre o conhecimento de para quem se está falando, quanto tempo se tem e o nível de concentração das pessoas.

Se entendermos,, em termos empresariais, que a apresentação singifica um processo de “venda”, essa apresentação precisa oferecer a quem a acompanha, credibilidade. A partir do momento que desperta credibilidade, surge a confiança. A confiança gera a compra.
É preciso saber que quando se está apresentando estamos sendo julgados. Há um pré-julgamento, que pode ser modificado.
Pesquisas comprovam que a fase deste julgamento dura de 3 segundos a 4 minutos. Portanto, na apresentação, é neste espaço de tempo que temos que apresentar a ideia.

O tempo de apresentação deve ocilar entre 10 e 15 minutos.. Claro que tudo depende do tema e do público.
É preciso saber o que você quer. Objetivo oculto, objetivo estratégico.
É importante você ter ideia do que esperam de você.
Temos que pensar em alguns aspectos importantes: antecipar a reação; gestão visual, cuidado com as expressões (meta-mensagem), gestão do ambiente.

Definição de comunicação para McLhan:
“A comunicação é o processo que envolve a troca de informações
utilizando-se dos sistemas simbólicos como base para o entendimento das
informações a serem passadas. Podemos também identificar algumas maneiras
de se comunicar: duas pessoas podem se comunicar através da fala, escrita,
gestos com as mãos, mensagem enviada através do telefone, internet e outros
meios de telecomunicações que permitem assim a interação entre as pessoas
afins de algum tipo de troca informal”

Phillip Kotler e Gary Armstrong definem que o marketing interno deve vir
antes do marketing externo:
“As empresas têm que entender que antes de lançarem promessas aos clientes
externos com publicidades e propagandas de produtos ou serviços, os seus
funcionários devem estar preparados para atenderem as demandas que
surgirão”.

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