Árbitros de jogo da Série B do Rio relatam emboscada à mão armada

Mário Vinícius Baptista Valentim, árbitro que participou do jogo e sofreu a emboscada

Dois árbitros que trabalharam no jogo da Série B do Carioca entre Barra da Tijuca x Goytacaz, neste domingo, em Duque de Caxias, relataram que sofreram uma emboscada à mão armada após a partida. De acordo com o depoimento prestado na 62° Delegacia de Polícia de Imbariê por Mário Vinícius Baptista Valentim, juiz principal da partida, e Rodrigo Azevedo, assistente, a van da federação que transportava a dupla de volta ao Rio de Janeiro fora interceptada por um carro prata com três homens armados na Avenida 25 de Agosto, ainda na Baixada Fluminense. Um boletim de ocorrência foi aberto para o caso.

Durante a ação, segundo o depoimento, os homens ordenaram que todos descessem do carro e então perguntaram qual dos integrantes era o árbitro da partida. Neste momento, todos ficaram calados e então o motorista do veículo, identificado como Anderson, foi agredido com um tapa no rosto. Ainda de acordo com o B.O., Rodrigo, assustado, correu para tentar fugir. Em seguida, os homens ordenaram que Vinícius também corresse, mas antes o agrediram também com um tapa nas costas. Os dois se esconderam em um posto de gasolina e não sabem dizer o que aconteceu com o motorista da van. Não há informações sobre qual torcida os criminosos faziam parte. A partida terminou empatada em 2 a 2, com o Goytacaz conseguindo o empate aos 46 do segundo tempo.

A Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Ferj) foi procurada para falar sobre o caso e também informar o estado do motorista da van, mas ninguém foi encontrado para comentar sobre o ocorrido.

Confira a íntegra do que foi relatado na súmula; abaixo a reprodução do documento

Boletim de Ocorrência na súmula do jogo do Goytacaz e Barra da Tijuca

Aproximadamente uma hora após o término da partida, por volta das 18 horas, eu (árbitro Mario Vinícius Baptista Valentin) e o sr. Rodrigo Azevedo de Lacerda, que atuou como Árbitro Assistente 1 na partida, nos encaminhamos para a van da FERJ para nos retirarmos do estádio, após sairmos dos arredores do estádio, um carro mandando todos desceram da van e em seguida 3 homens armados saíram desse carro mandando todos descerem da van os homens perguntaram quem era o árbitro da partida e um deles agrediu o sr. Anderson, perguntaram novamente o mesmo homem agrediu o sr. Anderson e outro que estava do meu lado me agrediu com um tapa nas costas, em seguida o sr. Rodrigo Lacerda correu e o homem que me agrediu mandou eu correr, andei de costas por alguns metros me virei e também saí correndo, durante a corrida olhei para trás e um dos homens continuaram agredindo o sr. Anderson Gomes. Após eu e o sr. Rodrigo nos afastarmos da van nos escondemos em um posto de gasolina e ligamos para o sr. Rafael Gomes Rosa, que atuou como árbitro assistente 2 na partida e o mesmo nos buscou com seu carro particular no posto de gasolina e nos levou na Delegacia de Imbariê que é próximo a sua residência onde fizemos o Boletim de Ocorrência de Número: 062-02067/2014 que está anexado a este documento.

SEGUNDO CASO POLÊMICO NA SÉRIE B

Em fevereiro, na vitória do Goytacaz sobre o Quissamã, também na Série B do Rio, em Campos dos Goytacazes, Norte do Rio de Janeiro, um incidente envolveu árbitro e torcida no intervalo do jogo. ndignados com um lance no primeiro tempo em que o árbitro Daniel Wilson Barbosa de Castro não assinalou falta para o Goyta, os torcedores da equipe pressionaram a arbitragem na porta do vestiário do Estádio Ary de Oliveira. Segundo o torcedor Luiz Marcelo, Daniel teria apontado uma arma para cessar as reclamações.

Na época, Paulo Meireles, delegado da partida, foi ouvido sobre o caso. Ele contou que o que aconteceu foi um grande “mal entendido” e que o torcedor certamente “confundiu a bandeirinha com uma arma”. Nenhuma investigação foi aberta para o caso e ninguém foi punido.

 

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